domingo, 28 de fevereiro de 2016

ANO SANTO VIVENDO A MISERICÓRDIA COM ALEGRIA, CONFIANÇA E FÉ.



1. A ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira
daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele
são libertados do pecado, da tristeza,
do vazio interior, do isolamento. Com
Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria. Quero, com esta Exortação,
dirigir
-
me aos fiéis cristãos a fim de os convidar para uma nova etapa
evangelizadora marcada por esta alegria e indicar caminhos para o percurso
da Igreja nos próximos anos.
1. Alegria que se renova e comunica
2. O grande risco do mundo actual, com sua múltipla e avassaladora oferta
de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e
mesquinho, da busca desordenada de praz
eres superficiais, da consciência
isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de
haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz
de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o
entu
siasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanente, que
correm também os crentes. Muitos caem nele, transformando
-
se em
pessoas ressentidas, queixosas, sem vida. Esta não é a escolha duma vida
digna e plena, este não é o desígnio que Deus tem para
nós, esta não é a
vida no Espírito que jorra do coração de Cristo ressuscitado.
3. Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a
renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo
menos, a tomar a decisão de se d
eixar encontrar por Ele, de O procurar dia
a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite
não lhe diz respeito, já que «da alegria trazida pelo Senhor ninguém é
excluído». Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando alguém d
á um
pequeno passo em direcção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de
braços abertos a sua chegada. Este é o momento para dizer a Jesus Cristo:
«Senhor, deixei
-
me enganar, de mil maneiras fugi do vosso amor, mas aqui
estou novamente para renovar a minha
aliança convosco. Preciso de Vós.
Resgatai
-
me de novo, Senhor; aceitai
-
me mais uma vez nos vossos braços
redentores». Como nos faz bem voltar para Ele, quando nos perdemos!
Insisto uma vez mais: Deus nunca Se cansa de perdoar, somos nós que nos
cansamos d
e pedir a sua misericórdia. Aquele que nos convidou a perdoar
«setenta vezes sete» (
Mt
18, 22) dá
-
nos o exemplo: Ele perdoa setenta
vezes sete. Volta uma vez e outra a carregar
-
nos aos seus ombros. Ninguém
nos pode tirar a dignidade que este amor infinito
e inabalável nos confere.
Ele permite
-
nos levantar a cabeça e recomeçar, com uma ternura que nunca
nos defrauda e sempre nos pode restituir a alegria. Não fujamos da
ressurreição de Jesus; nunca nos demos por mortos, suceda o que suceder.
Que nada possa ma
is do que a sua vida que nos impele para diante!

Nenhum comentário:

Postar um comentário